quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mulher descobre que tem agulhas no corpo


 
Da Redação – A Gazeta
Cuiabá, Terça feira, 12 de julho de 1994.

Patrícia Fernanda Marcondes, uma dona de casa, 20 anos, casada, mãe de uma filha de um ano e seis meses, trabalha como doméstica em Juscimeira – 146 quilômetros de Cuiabá – e é portadora de um estranho fenômeno. Agulhas começaram a aparecer dentro de seu corpo, mais precisamente no braço esquerdo. No último Sábado ela foi operada.
      No dia três de junho – segundo o seu relato – ela estava trabalhando, fazendo a faxina, quando começou a sentir uma dor forte no braço. A dor era tanta que deixou todo o braço imobilizado. Em seguida um pedaço de uma agulha de máquina de costura saiu da carne, causando um pequeno tumor. O médico que extraiu o estranho objeto do corpo de Patrícia Fernanda pediu uma radiografia. Lá estavam uma agulha de mão e outro pedaço da agulha de máquina de costura.
      Patrícia Fernanda diz que não acredita em magia negra. “Dizem que á magia, ma não acredito”. Ela não acredita, mas não tem explicação para o aparecimento das agulhas. Antes da intervenção cirúrgica, realizada pelo médico Wilson Benedito Pereira – não localizado por nossa reportagem – foram feitas novas radiografias. Em vez de uma agulha e meia, agora eram três agulhas e meia no antebraço e uma agulha no braço.
      A cirurgia foi um sucesso, mas daqui a três dias ela vai voltar a operar novamente para tirar o restante das agulhas que ainda se encontram no seu braço. O problema agora é arrumar dinheiro para comprar os remédios para dor e contra infecção.

Fonte: Jornal “A Gazeta”- 12 de julho de 1994.

Fenômenos Parafísicos:

Por Ataide Ferreira da Silva Neto

Os fenômenos psicofísicos ou parafísicos são aqueles que consistem na ação psíquica sobre a matéria, determinando a produção de fenômenos polêmicos dificilmente explicáveis pelas leis físicas tradicionais, mas, no entanto, reais.

Aporte (do francês apport)

Este fenômeno é um dos mais intrigantes dentro do repertório parapsicológico, onde algum determinado objeto supostamente desaparece subitamente, é transportado, de um lugar, de longa ou pequena distância (não mais do que 50 metros, segundo alguns pesquisadores), e simultaneamente aparece em outro local, para recintos fechados ou não.

Muitos pesquisadores da parapsicologia argumentam que para a consecução do Aporte o objeto transportado passa por três fases de: desagregação e agregação da matéria – afora o fato mecânico do transporte no espaço: solidez material, fluidicidade imaterial e retorno a fase anterior de solidez, dando a impressão de que o(s) objeto(s) se transporta(m) pela desintegração de seus átomos a partir de um local e, após, imediata recomposição do(s) mesmo(s) em outro lugar, atravessando, assim, paredes, tecidos e outros obstáculos...

Em outras palavras, seria o desaparecimento e reaparecimento de objetos de um específico lugar para um outro aleatório local.

O fenômeno de Aporte, também conhecido pelo nome de Metafanismo, é mais comum em objetos de pequeno porte, que vai desde agulhas, pregos, chaves, vegetais, pequena quantidade de sangue da própria pessoa, etc. Até mesmo pratos, sapatos, panelas, etc... Não raro, os objetos metafanizados apresentam-se aquecidos.

Quando acontece o fenômeno de Aporte para dentro do corpo humano, geralmente ocorrem com agulhas, pregos, clip’s e objetos congêneres, não mais do que isso.


Com agulhas no corpo:

Há, também, os fenômenos psicobiológicos, cujo qual, em alguns casos, o poder da mente em descartar a dor é surpreendente. Um místico indiano pode ser espetado com agulhas por todo o corpo sem sangrar, pois, através de treinamento aprendeu a desconsiderar a dor, por intermédio de estados de auto-sugestão psicológica.

Este fenômeno é diferente do apresentado acima, pois que envolve um fenômeno apenas puramente psicobiológico, ou seja, o controle psíquico sobre o próprio organismo.

A minha pessoa (autor desta matéria), mediante sugestões e técnicas psíquicas, obtém-se experimentalmente tais demonstrações de perfurações no corpo, onde em demonstrações práticas, perante as inúmeras palestras pelo Brasil, tenho mostrado a capacidade psíquica (psicológico) de atravessar agulhas no corpo sem problemas nenhum, num suporte teórico e prático consistente








Ataide Ferreira, utilizando-se de auto-sugestão, introduz em seu braço uma agulha, de um lado a outro, sem que venha a sair uma gota de sangue e nem mesmo sentir a mínima presença da dor. Em outras demonstrações Ataide Ferreira atravessa uma agulha no pescoço de uma garota, sem a mesma sentir dor e nem sair sangue.

‘Criatura’ assustou família na Passagem da Conceição




Diário de Cuiabá, 17 de novembro de 1996.

Da redação – Diário de Cuiabá

A comunidade da Passagem da Conceição, a 4 km da Rodovia dos Imigrantes, viveu um estranho episódio, há cerca de três anos, que ainda hoje guarda seu mistério. Em duas noites, os moradores de quatro casas foram acordados por uma criatura que urrava e socava portas, janelas e levava terror para animais de criação.

A dona-de-casa Edite da Silva Fortes, de 72 anos, a dona “Sinharinha”, não garante que era um lobisomem porque não viu, mas dificilmente vai esquecer o que ocorreu. Ela dormia na casa – uma antiga parada de cavaleiros, que compravam mantimentos antes de atravessar o Rio Cuiabá – com um sobrinho e outros três parentes, quando foi acordada pelo latido frenético dos cachorros da comunidade. Eram mais de 10, cercando a “coisa”, que passou a arremeter contra a porta.

“Parecia um tronco de árvore batendo, de tão forte. Tremia até os umbrais da porta (de madeira grossa)”, lembra dona Sinharinha. Seu sobrinho não conseguiu abrir a janela, para ver do que tratava, porque ela estava atravancada com caixas de cerveja. Os murros na porta e os latidos de cães demoraram pelo menos 10 minutos, segundo Sinharinha, até que o animal pulou para o quintal da casa, de onde as vacas saíram e disparada.

No outro dia, Sinharinha encontrou poças de sangue e sinais de arranhões perto da porta – não sabe se dos cachorros, ou do próprio ‘animal’. A criatura atacou outras casas na comunidade, sempre esmurrando as portas e seguida pelos cachorros. “Ninguém entendia porque ela não fugia para o mato, em vez de tentar entrar nas casas”, lembra. Depois disso, nunca mais a comunidade teve outro sobressalto.

Sinharinha também presenciou outra ocorrência inexplicada na Passagem da Conceição. Há mais de 60 anos, ainda garota, ela se recorda de uma “chuva” de pedras em uma casa vizinha. “A gente via as pedras caindo mas não sabia da onde”, relembra. A família mudou-se do local e nunca mais o fenômeno voltou a ocorrer. 

Lobisomem em Cuiabá: Uma significação psicológica, histórica e sociológica.


Por: Ataide Ferreira da Silva Neto

A própria tradição histórica popular tem se ocupado em perpetuar as perniciosas e estranhas ocorrências emergidas em algumas localidades dos bairros cuiabanos, assim como, no interior mato-grossense.

Quando a lua cheia brilha no céu cuiabano, sinistros relatos vem acompanhando estas receosas épocas noturnas e, segundo os relatos, estranhas coisas passam a acontecer com as pessoas, pelos crescem, dentes alongam-se, psicológicos violentos e irracionais surgem repentinamente. 

Os relatos sobre o lendário lobisomem – de formas variadas – atravessam os tempos, os continentes, as culturas, impregnam na população, desavisada da lógica, a crença e o medo.

Seja pelos tradicionais relatos passados ao longo da história, dos pais aos filhos, seja pela mídia televisiva e escrita, pode firma-se que, as histórias de lobisomem, tem despertado arrepios nos mais supersticiosos. Os receios a esta lenda, vem percorrendo milênios, por intermédio de um mito generalizado entre diversas culturas e civilizações, favorecendo a permanência desta superstição.

A esta transformação bestial humana, no suposto poder de converter-se em lobo, uivar para a lua e rondar pelas noites em floresta, caatinga e no meio do mato, caçando e matando, foi denominado de Licantropia.

Foi através de Ovídio, autor romano, que o termo Licantropia foi designado, pois, de acordo com a história, este autor descreve, no ano um depois de Cristo, o mito do rei Likaon, onde conta que tal rei, de modo ousado, teria desrespeitado o deus Júpiter ao lhe oferecer carne humana escondida num banquete. No entanto, Júpiter havia percebido a trama e ficou extremamente irritado e, como conseqüência, acabou por jogar uma maldição sobre Likaon transformando-o maldosamente em um lobo. Por intermédio deste mito, apropriou-se, dessa forma, a denominação Licantropia.

Em psiquiatria, a licantropia refere-se a uma enfermidade mental com uma estranha tendência canibal, onde o doente comporta-se imaginariamente como um animal selvagem, semelhante ao cão ou ao lobo. Em casos mais graves, alguns desses pacientes supracitados comem apenas carne crua e negam-se a comer qualquer outro tipo de alimento.

A licantropia foi severamente descrita, esplendidamente, na antiguidade, onde durante vários séculos da idade clássica, inúmeros relatos documentados preocuparam a crença popular, sobre a suposta capacidade de transformação humana e a mágica capacidade de transformar outrem em animais.

No século IX, por exemplo, houve uma acalorada discussão entre o Pedro Damião e o Papa Leão IX acerca de um jovem que argumentava categoricamente a afirmação de ter sido transformado em asno por duas mulheres. Sem qualquer apresentação de provas, o jovem acusava inescrupulosamente duas idosas senhoras, por sua permanência, durante muito tempo, na forma de asno, que, segundo ele, apesar da metamorfose, conservou a inteligência humana e viveu assim como animal, por muitos anos, até que um dia retornou a sua forma primitiva. O Papa acreditou na história e ordenou que as bruxas fossem castigadas. (Relato encontrado no livro de: Oliveira, Martins – “Magia do Fogo”, Ed. Livraria Progredior, Porto, 1958, vol.1, 2º edição, pág. – 61).

Na Europa antiga, antes mesmo da ditadura cristã, a população era pagã, e viviam conforme seus costumes pagãos, onde apresentavam certa admiração pelos fenômenos da natureza, viam divindades nas matas, florestas e animais. Nas crenças dos rituais pagãos, a presença de um lobo representava os espíritos das florestas e o símbolo da liberdade.

Com a gradativa chegada do cristianismo, tais rituais pagãos de caráter pacifista foram distorcidos e o lobo passou a ser um dos vários demônios do inferno, assim o lobo passou a ser o próprio diabo. Algumas vezes o lobo era “embruxado” pelo demo.

Nessa visão medieval do catolicismo europeu, o lobo passou a ser o mal transformado, e assim tornou-se rotineiro acreditar que um bruxo poderia se transformar em animal, vagando pelos campos sob aquela arrepiante forma para causar malefícios aos cristãos.

Essas crendices foram motivos para muitas mortes. A credulidade na licantropia tornaram-se verdadeiras epidemias na Idade Média, onde imaginavam-se a existência de milhares de pessoas encobertas de pêlos, com garras e dentes afiados, comedores de crianças. Com a chegada da Inquisição na Europa, muitos homens e mulheres foram queimados vivos pela acusação da capacidade de transformar-se em bestas feras.

Para contribuir, naquela época antiga, a Europa possuía um número incrível de alcatéias. Por vezes, principalmente nas épocas de invernos rigorosos, os povoados e vilarejos europeus eram literalmente invadidos por famintos lobos que, pela escassez de alimento, optavam em satisfazer por alguma “apetitosa” criança descuidada, ou mesmo, qualquer homem adulto, que se arriscasse, tornava-se alvo de banquete aos esfomeados lobos. Tais fatos, conseqüentemente estimulavam os medos, as imaginações, as lendas e superstições épicas.

Muitos dos antigos autores franceses expressaram vastas argumentações sobre os aterrorizantes lobisomens devoradores de crianças. Segundo consta, alguns “licantropos” foram por muitas vezes deparados vagando em campos e matas, imitando o uivo de lobos, imundos, sujos de sangue.

Quando se suspeitava que um lobisomem perambulava pelos campos e arredores de algum vilarejo, logo a população era cogitada para a caçada ao monstro.

Pode-se firmar que, muitas das errôneas interpretações dadas como lobisomem, eram apenas pessoas tidas como loucas que percorriam os campos e as noites. Nada mais do que homens insanos, mal trapilhos, doentes mentais, pessoas relegadas por um povoado e\ou por um vilarejo, que, sem ter o que comer, atacavam as galinhas, bezerros, reviravam lixos, entre outros motivos congêneres impulsionados pela fome e pela debilidade de sua situação psicológica. Tais infelizes, por viverem abandonados, apresentavam aparência sinistra e medonha, pois se mostravam barbudas, cobertos de sujeira, sangue e detritos.

Outro notório fator à cooperar na formação da lenda dos lobisomens, está correlacionado com o sonambulismo, onde, pessoas normais, dormindo, levantam-se, passeiam e agem como se estivessem acordadas. Nas madrugadas de lua cheia, deparar-se estranhamente com algum indivíduo andando sem rumo, tornava-se motivo para suspeitas, pois a probabilidade do leigo desconsiderar qualquer compreensão sobre o sonambulismo é compreensivo, o que pôde auxiliar em estimular importantes inspirações para a perpetuação da lenda.

Há também as deformações físicas, assim como, doenças genéticas e\ou de natureza endócrinas, entre outras inúmeras imperfeições, cujo qual, atualmente é cientificamente explicado, mas que, no entanto, numa época remota, estimulavam o espanto, o medo e a superstição.

Algumas manifestações de certas doenças subsidiaram amparo na origem dos lobisomens, como a doença conhecida como Hipertricose, responsável pela causa do crescimento exagerado dos pêlos em pessoas, seja no rosto ou no corpo, conferindo-lhe uma aparência animalesca.



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A hipertricose, por causar curiosidade devido a visível gritante alteração na aparência das pessoas, despertou a atenção de alguns artistas que perceberam, em tais doenças, excelentes motivos para suas pinturas, e assim, foram perenizadas em telas a óleo. Registrando possivelmente casos rotineiramente confundidos como homens lobo, ou, dependendo do ponto de vista, uma besta fera.

Nem todos os casos de hipertricose foram tidos como uma ameaça demoníaca e o mal encarnado, como é o caso que acometeu Pedro Gonzáles, nascido com a doença em 1556, nas Ilhas Canárias – Tenerife – e que foi dado de presente á corte de Henrique II, como se fosse uma espécie de “bichinho de pelúcia”. Com o tempo, Gonzáles despertou a admiração de Henrique II devido a sua expressiva capacidade intelectual, desta forma, Henrique fez de Gonzáles um de seus mais importantes embaixadores. Caso Gonzáles tenha sido motivo a ser conceituado como um mal encarnado ou besta fera, este foi de menos mal; perante comparações às atrocidades da ignorância humana daquela época.

Pedro Gonzáles se casou e teve três filhos, sendo um menino e duas meninas, e todos apresentaram a mesma doença. A obra de arte pintada no quadro à óleo sobre tela do senhor Gonzáles encontra-se registrada no país da Áustria, no castelo de Ambras, em Innsbruck.

Outro famoso caso de hipertricose, registrado no final do século 19, foi a do russo Adrian Chertichev, alcunhado pelos parisienses de 'Cão do Cáucaso', devido a grande quantidade de pêlos que lhe cobriam o rosto.

A história está repleta de lendas e realidades que se confundem estreitamente, basta apenas trazermos a tona alguns curiosos fatos, como a fundação de Roma, ligado à lenda de seus fundadores Rômulo e Remo que foram criados e amamentados por uma loba, o que pode ser colocado em correlação com outras reais histórias registradas sobre pessoas criadas por animais, tidas como crianças selvagens.

É fato que em vários lugares do mundo, crianças selvagens, criadas por animais, foram encontradas; muito das quais, recolhidas e colocadas a reaprender condições humanas. Crianças possivelmente abandonadas e extraviadas na selva, que deveriam ser filhos de agricultores em zonas de pouca população, diante descuido ou alguma calamidade com seus pais, ficaram entregues à própria “sorte”, socorridas por animais, que para sobreviver no meio em que se encontravam, aprenderam a se adaptar.

Torna-se importante ressaltar que notórias características surpreendentes foram observadas em crianças selvagens. Força descomunal nas mandíbulas, grande sensibilidade olfativa, indiferença seja para o frio ou para o calor, não apresentavam porte ereto e nem a capacidade de sorrir, defendiam-se com mordidas, apresentavam caninos desenvolvidos, alimentavam-se diretamente com a boca, mostravam-se hábitos noturnos, entre outros aspectos curiosos.

É o caso de Berci Kutravics, um garoto húngaro encontrado com 4 anos de idade criado pelos cães de sua casa. Dormia rotineiramente no chão, receosamente cheirava o alimento antes mesmo de levar diretamente a boca na comida, e andava curvado.

Nos anos 40, na Arábia, foi descoberto e acolhido um menino que vivia com um grupo de gazelas, onde aprendera a correr tão rápido quanto seus pais adotivos.

“Em junho de 1973, um menino de 12 anos foi encontrado vivendo com um grupo de macacos no Sri Lanka. Ele grunhia, uivava, andava de quatro e se sentava como um primata.” (Revista Fator X, Editora Planeta, Fascículo 02, artigo: ‘Inacreditável... Porém verdadeiro!’, pág. 40).

Em 1920, na cidade de Midnapore, foi encontrado em uma gruta duas crianças, uma com a idade aproximada de um ano e meio e outro mais velho com a idade de 8 anos. Após recolhidos e colocados em condições humanas, o mais novo morreu após um ano e o mais velho sobreviveu dois anos. Nesse percurso de tempo, o mais novo aprendera apenas a ficar ereto e o mais velho aprendeu a média de 50 palavras, antes de sua morte. Alguns pesquisadores argumentam que o que falhou foi à ausência da tutela humana, principalmente afetiva, uma presença emocional materna humana, pois na falta da tutela emocional a deficiência se fará sentir imediatamente. (Milechnin, Anatol – “La Hipnosis”, Buenos Aires, Hachette, 1961, pág. 77s.)

Se, por um acaso, uma dessas crianças supracitadas tivessem sido vistas por agricultores, caçadores ou deparados por alguns supersticiosos, sem dúvidas, ajudaria em muito na idéia do lobisomem. Pode-se ratificar, portanto, de que muitas das lendas se originaram por intermédio destas ocorrências, propagando medo, crendices e superstições.

Esse texto faz refletir aquilo que talvez seja a origem de muitos lobisomens, tanto no percurso da história antiga quanto na Idade Média ou até mesmo para com a atualidade, numa realidade de explicações totalmente humana, numa significação psicológica, histórica e sociológica.


Ataide Ferreira da Silva Neto: é Psicólogo, estudioso em Parapsicologia, presidente da Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas, Consultor da Revista UFO.


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

UFO filmado em Chapada dos Guimarães – MT

Os acontecimentos ufológicos mato-grossense têm despertado especial atenção da população nas últimas semanas, inúmeros testemunhos têm surgido nos últimos dias, principalmente na enigmática cidade de Chapada dos Guimarães (há 65 km da capital – Cuiabá – MT).

Muitos relatos têm chegado às correspondências de e-mail da Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas (AMPUP), retratando depoimento de UFOs nos céus da cidade de Chapada dos Guimarães – MT. Não é novidade que acontecimentos de ÓVNIS são rotina nos vilarejos da região, porém isso tem aumentado e ratificado pelos testemunhos de algumas dezenas de pessoas.

A AMPUP está em alerta e preparando equipe para pesquisar a região, especialmente nas localidades de maior índice de relatos, na expectativa de registrar alguma ocorrência.

Além das impressionantes belezas e os enigmáticos mistérios que a região oferece; a cidade também cativa à curiosidade do turismo ufológico, onde alguns têm a sorte de registrar algumas filmagens de tirar o fôlego sobre estranhos objetos voadores não identificados.

No início do mês de outubro de 2009 foi noticiado na mídia mais uma filmagem de OVNIS dentre tantas já registradas na região, que pode ser conferida no video
abaixo:


A mesma filmagem e o testemunho em depoimento também pode ser conferidas no link:

http://rmtonline.globo.com/noticias.asp?n=467213&p=2&Tipo=

A AMPUP está à disposição para obter maiores informações, assim como, auxiliar no esclarecimento de dúvidas sobre a ufologia mato-grossense.

E-mail para contato: ataide_ferreira@yahoo.com.br


Texto:
Ataide Ferreira, presidente da AMPUP, consultor da Revisa UFO.



terça-feira, 27 de outubro de 2009

Em 2008, Mato Grosso perdeu um grande admirador e colaborador da Ufologia: Valdon Varjão, autor do polêmico projeto denominado “DISCOPORTO” – “aeroporto para disco-voador”.

Por: Ataíde Ferreira da Silva Neto


A Ufologia perdeu recentemente um dos primeiros protagonista em estimular a população mundial ao interesse pelo Turismo Ufológico, especificamente para com o Brasil, na exuberante cidade de Barra do Garças – MT (516 km de Cuiabá).


Faleceu, às 14 horas do dia 3 de fevereiro, no Hospital Santa Rosa de Cuiabá, aos 84 anos, o ex-prefeito Valdon Varjão. Desta forma, o estado de Mato Grosso perdeu um ilustre homem, com uma grade curricular admirável: empresário, historiador e ex-prefeito de Barra do Garças (por duas vezes), escreveu 28 livros retratando a história de Barra do Garças e do Vale do Araguaia.


Valdon Varjão ganhou notoriedade pela elaboração do polêmico projeto “Discoporto”, idéia aceita pelo congresso, justamente levando em conta o afamado acervo de relatos sobre o tema na região, porém o intuito era divulgar a cidade e atrair turistas, nada para além disso.


A dedicação de Valdo Varjão sempre foi a política e, especialmente, o povo barra-garcense e suas histórias. Além de inúmeras bem feitorias realizadas pelo ex-prefeito em prol a cidade, Varjão não deixava de sinalizar o seu interesse pela Ufologia, adquirindo e colecionando um grande arquivo de fotos e histórias ufológicas, tanto relatadas, pela região.


Motivo que o encorajou a arriscar o inusitado projeto de “aeroporto para disco voador”, uma idéia de impacto e polêmica, justamente visando afamar a “misteriosa” cidade de Barra do Garças, que retém um grande rosário de estranhas histórias, lendas, mitos, em especial, a Ufologia.


A rotina dos relatos Ufológicos pela região foi o alicerce para a aprovação do projeto, assim, Barra do Garças ficou internacionalmente conhecida pela original idéia de abrigar um aeroporto para disco voadores, que tempos depois seria imitado por outros prefeitos e, até mesmo, por outros países.


Embora ressentido com as gozações que enfrentou, razão pela qual passou a ser mais cauteloso em relação ao polêmico projeto; Varjão alcançou seu objetivo. “A idéia não era exatamente atrair disco voadores para Barra do Garças, mas sim turistas, e assim usar o potencial que a cidade tem nessa área”, ressaltou o ex-prefeito, num de seus desabafos.


O polêmico projeto foi destinado ao Parque Estadual da Serra Azul, uma protegida reserva ambiental quase que ao lado da Serra do Roncador, nas proximidades da cidade, local repleto de inúmeras trilhas, 14 cachoeiras, diversos sítios arqueológicos e palenteológicos e um mirante com a estátua do Cristo Redentor, num ponto privilegiado de onde é possível apreciar as três cidades vizinhas – Barra, Aragarças e Pontal do Araguaia.


Nada foi desmatado para a implantação do “discoporto”, foram reservados uma área limpa de cinco hectares para o funcionamento de um atrativo turístico. “Eu queria colocar Barra na mídia, pois a cidade tinha pouca divulgação e exploração turística. Como esta região sempre teve histórias de UFOs e um misticismo muito forte, aproveitei a idéia”, explicou Varjão.


Valdon Varjão custeou do próprio bolso, a idéia de apresentar alguns painéis ilustrados e maquetes de discos voadores para que turistas tirassem fotos e levasse para casa lembranças sobre aquilo que ficou conhecido como o primeiro “aeroporto de disco voador” do mundo.


O local é muito visitado por turistas de todo o país, atraídos pelo fascínio que os casos ufológicos da região – esses sim reais – causam. Varjão já foi rotulado de “louco”, “lunático”, “visionário” e até coisas mais pesadas, mas graças a excentricidade de sua idéia o ex-prefeito acabou por colocar a cidade no mapa. Convidado a participar de inúmeros programas de tevê, chamou a atenção da imprensa de todo o país e do exterior ao mostrar a rica casuística que envolve toda a região.


Curiosamente e por coincidência, no dia de sua morte, a cidade de Barra do Garças estava a homenageá-lo com um carnaval diferente, intitulado “Carnaval das Galáxias”, com decorações de disco voador e enfeites que lembravam extraterrestres, em alusão ao discoporto, uma homenagem enfatizada pelo prefeito da época Zózimo Chaparral (PC do B), que teve Varjão como colega de trabalho quando vereador.


Logo a morte de Varjão, o prefeito Zózimo decretou luto oficial de três dias. Porém, por uma decisão da família, o carnaval de rua focado na porta da residência de Valdon Varjão continuou normalmente.


Todavia, foi na política que Varjão se mostrou mais respeitado, se tornando prefeito da cidade de Barra do Garças por duas vezes (1959 à 1963; 1973 à 1977), vereador, deputado estadual, senador da república e ocupou posição como membro da Academia Mato-grossense de Letras. Alcançou um marco ao ser considerado o primeiro homem negro a ter ocupado a posição de Senador na história da república brasileira. Poucos sabem, mas foi ele o autor responsável pelo projeto proibindo a venda de órgãos humanos no Brasil.


Varjão foi considerado um dos últimos personagens vivos dos primórdios histórico de Barra do Garças, “além de ser um personagem visionário que percebeu a tendência e perfil do município para o eco-turismo e turismo ufológico”, comenta Mônica Porto, do Conselho Municipal de Turismo e proprietária da agencia Aventur Turismo.


Entre as 28 obras publicadas por varjão, encontra-se: “Barra do Garças no passado” (Histórico); “Negro sim, Escravo Não”; “A integração racial”; “Filinto Muller: Um líder”; entre outros.

O triste velório ocorreu no auditório da prefeitura de Barra do Garças – MT; Antes do sepultamento - ocorrido às 17 horas do dia 04 de fevereiro - foi feito uma homenagem, em vídeo, montado por um dos artista de Valdo Varjão – o senhor Genito Santos – responsável pela arte e elaboração das maquetes de disco voador na área destinada (5 hectares) ao “discoporto”.


Genito apresentou um fantástico trabalho de entrevista e registros históricos de um dos mais ilustres homens que Mato Grosso já teve - Valdon Varjão. Uma apreciável amostra em homenagem que emocionou muita gente, a apresentação se deu em um telão acima do caixão de Valdo, no auditório da prefeitura (local que inclusive foi palco do maior encontro de Ufologia e Parapsicologia que Mato Grosso já teve – junho de 2004), um vídeo com tempo de 5 minutos falando sobre a vida dele, a sua história, com um espaço considerável à ufologia na argumentação do Valdo Varjão, incluindo comentários sobre o projeto “Discoporto”. Nesse pequeno documentário, as palavras de Varjão - registrados quando vida - fizeram muita gente chorar, palavras que marcaram e emocionou a todos da platéia.


Os membros da AMPUP e os interessados ao tema Ufologia em geral agradecem o apoio (direto e indireto) que Valdon Varjão prestou a ufologia brasileira. Prestamos nossa homenagem em nosso “blog”, assim como, a toda população barra-garcense.

  
“uma grande perda, pois foi ele o pioneiro em elaborar um projeto Ufo-turístico, trazendo muitos interessados ao tema para com a região de Barra do Garças. Atualmente Barra do Garças recebe anualmente muitos turistas interessados em presenciar o que de fato essa região apresenta ao tema UFO e Valdo foi (direta e indiretamente) um dos maiores contribuidores para afamar curiosidade ao tema turismo Ufológico”.




Texto:
Ataíde Ferreira da Silva Neto, psicólogo, estudioso da parapsicologia, presidente da AMPUP, consultor da Revista UFO.

O Caso Nova Brasilândia

Por: Ataide Ferreira da S. Neto.


Disco-voador de Nova Brasilândia é um termo que expandiu pela designação popular local, que não surgiu resultado de um filme de ficção e nem de uma lenda ou mito, mas sim de um acontecimento do dia 1º de junho de 1997, um Domingo, um dia comum como qualquer outro para a população, isso, até determinado momento daquela exata e misteriosa noite...


Naquela noite da bucólica e pacata cidade de Nova Brasilândia, composta de 6 mil habitantes, há 260 quilômetros de Cuiabá, capital, algo aconteceu, cujo o qual transgrediu a rotina daquele povo.


O que se pode afirmar é unânime: um fato muito estranho ocorreu, no entanto, o que exatamente, não se sabe (!?)... Porém, ainda, até hoje, atiça a imaginação dos moradores.






Ocorreu numa noite de Domingo, muitos estavam sentados à porta de suas casas seguindo os costumes dos cidadões mato-grossenses, um costume não raro em cidades pequenas. Outros assistiam televisão, mas o ocorrido da exata 20h15min obrigou todos daquele dia a presenciarem algo espantoso e inusitado.


O fenômeno ocorrido foi (e ainda é) descrito pelos moradores de forma única; uma bola de fogo que veio do espaço, cruzou os céus da cidade, iluminando a região, segundos após, surgiu um clarão, cuja a iluminação era tanta que aparentou dia e que teve uma duração de mais ou menos um minuto, logo após um enorme estrondo foi ouvido a uma distância de mais de 50 quilômetros.


Em conseqüência de uma cidade distante e uma estrada de dificílimo percurso, a notícia na capital não teve repercussão imediata, sendo assim, as informações chegaram na cidade de Cuiabá com certo atraso. No entanto, assim que a notícia rebateu na capital, imediatamente a Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas (AMPUP) foi contatada.


Sem mais, mediante notícia, foi acionado pela AMPUP a assembléia geral, onde houve comunicação imediata a todos os membros ufólogos sobre o ocorrido, a reunião geral ocorreu por volta das 21 horas na residência do vice-presidente da AMPUP, senhor Marcy Monteiro Neto. Posteriormente, na madrugada daquela noite, iniciou-se o nosso destino: Nova Brasilândia.


Incrivelmente a cidade a partir daquele dia passou a adquirir pelos noticiários uma repentina fama e nossa equipe já estava a postos na coleta de dados.


Dez dias após a queda, a imprensa invadiu em peso a cidade, antes disso, a AMPUP já se encontrava na cidade, perante um batalhão de informações, muitas das quais, bastante impressionantes.


Conforme depoimento, na época, do prefeito de Nova Brasilândia, Sérgio Benetti, os comentários eram evidentes na cidade: “muitas pessoas dizem ter realmente visto um clarão no céu, há uns 10 dias, por volta das 20 horas. Depois disto, houve uma pequena explosão chegando a fazer um buraco no chão e queimando cerca de 2 alqueires de terra. Comenta-se que o  objeto caiu próximo a localidade de Teresópolis, na fazenda de Divino Fogoió, que fica a margem do rio Manso”.  


O fato é que mediante procura, seja pela equipe de reportagens, seja pelos membros da AMPUP, via terra, via ar, nada em absoluto foi encontrado em relação aos dois alqueires queimados, muito menos ao objeto. Entretanto, uma certeza se apresentava: o objeto caiu, mas onde a coisa caiu, esse era o mistério, e que não se limitou apenas em relatos.


Torna-se importante ressaltar que Nova Brasilândia fica nas proximidades entre Chapada dos Guimarães e Barra do Garças, sendo que estas localidades recebem centenas de místicos, esotéricos e estudiosos todos os anos em busca de UFOs e ETs, ocupando um importante destaque no advento da Ufologia com inúmeros relatos ufológicos, filmagens, histórias do misterioso desaparecimento do coronel Facwett, construção de um “discoporto” (aeroporto de disco voador – Barra do Garças), entre outros...


Segundo o jornal da capital - Folha do Estado do dia 09/07/97, o sargento Paulo Gomes, do Centro Integrado de Defesa e Controle do Tráfico Aéreo (Cindacta), que tem uma base em Chapada dos Guimarães, onde fica o centro geodésico da América do Sul1, comentou que as informações colhidas são repassadas para Brasília, onde é feito a leitura, mas ele não quis confirmar e nem desmentiu o ocorrido. Entretanto, o comandante do Cindacta em Mato Grosso, capitão Assis, logo pôs a declarar que o radar não captou nem um tipo de aeronave suspeito na data e local citados. Observou, porém, que não tinha conhecimento se o radar conseguia captar a presença ou a passagem de um meteorito.


Na época, para o Secretário de Administração de Brasilândia, Jamil da Silva Lima, em depoimento a um jornal do estado com relação a postura dos órgãos federais e estaduais sobre o assunto, demostrando quase que um descaso total, disse “...simplesmente alguma coisa esta sendo escondida a sete chaves”.


Para o Jornal do Brasil, o ocorrido foi comparado para versão brasileira ao “caso Roswell”, e em uma matéria do dia 09 de julho de 1997, descreve:


“O vaqueiro Gilberto Braga, que mora em Nova Brasilândia, foi o único a ter coragem de tocar o objeto ‘parece uma bola de ferro, maior de que um trator, que soltava um cheiro esquisito.’ Moradores da região estão preocupados com uma possível contaminação de rebanhos ou da população ribeirinha pelo OVNI, já que o local onde o objeto caiu fica as margens do rio Manso. ‘Era um objeto em forma de disco, com uma luz intensa’ contou Cláudio Picci, secretário municipal de indústria e comércio.”2 


Face ao acontecido, torna-se interessante retratar a cobertura de depoimentos de pessoas que juraram diante a imprensa ter presenciado aquele fantástico fato;


ü     Jornal A GAZETA, Cuiabá, Quarta-feira, 09/07/97:


“(...) Morador de Nova Brasilândia há 25 anos, o frentista Miguel Darli Gonçalves conta que estava sentado na rua, em frente a sua casa, quando viu o clarão e ouviu o barulho. Muita gente presenciou a cena e, conforme Gonçalves, algumas pessoas chegaram a cair no chão devido ao tremor da terra.
O vaqueiro Gilberto Braga de 26 anos, que trabalha na fazenda Bela Vista, vai mais longe. Conta com detalhes que não só viu, mas tocou no objeto, há cerca de 10 dias. Segundo ele, o objeto tem a forma de uma bacia caseira, o tamanho de uma casa pequena, é preto, composto de ferro ou rocha.
Ele garante que o objeto esta lá, fincado no morro, exala um cheiro ruim e provocou a queimada de uma área de aproximadamente 100 metros quadrado ao redor de onde caiu. ‘Eu acho que é disco voador’, avalia.
Leandro Paula da Silva, de 15 anos, explica que viu o Ovni antes dele tocar no chão e que tinha luzes coloridas, azuis e verdes. Vaqueiro da Fazenda Campo Verde, ele acredita que tenha visto um disco voador, mas alega que não foi verificar ainda por falta de tempo.
(...)Na Fazenda de Divino Fogoió não foi diferente. Ele e o filho também viram o fenômeno de luzes coloridas e marcaram o dia. (...) Fogoió não sabe precisar onde o objeto poderia ter caído.


Partindo da premissa de que perante inúmeras coletas de dados obtidos pelos membros da AMPUP, e levando em conta um batalhão de reportares, curiosos, entre outros... Passamos a acreditar que o objeto, mais cedo ou mais tarde, seria facilmente encontrado, no entanto, quanta ingenuidade!!!


Misteriosamente as coisas começaram a mudar, pois até antes o que foi registrado pela imprensa, alguns dias após, a decepção: ninguém fala, ninguém sabe e ninguém quer se envolver.


Lembro que o intuito de muitos era a fazenda de um tal Divino Fogoió, as margens do rio Manso, onde todos afirmavam que o objeto teria caído, mas na época Fogoió impediu a entrada de pesquisadores em sua fazenda, a mesma coisa fez com a imprensa: “Só permitirei a entrada em minha propriedade de pessoas autorizadas pelo Governo Federal”.


Depois de exaustivas buscas desloquei-me até a fazenda Ferrão de Ouro, onde acabei por fazer amizade com o jornalista José Calixto de Alencar que também havia chegado na região para acobertamento sobre o caso. Após trocarmos algumas informações, decidimos trabalhar em conjunto, seguindo a nossa intenção de tentar convencer o vaqueiro Gilberto Braga, ir com a gente até o local da suposta queda do objeto ou, pelo menos, dar uma indicação correta sobre a sua localização exata.


Segundo informações do ex-deputado estadual Isaias Rezende, o vaqueiro estava muito assustado e cada vez que alguém chegava a sua casa, ele se escondia ou mandava a sua esposa atender e não arriscava sair de casa. Rezende nos alertou que o vaqueiro não estava mais disposto a falar sobre o assunto, porque até ele que é seu conhecido não mais conseguira isso.


Diante o exposto, planejamos estratégia de alguém ir na frente, na garupa de uma motocicleta acompanhado por alguém conhecido do vaqueiro para facilitar assim um contato.


De início, tivemos sorte. Ele estava na porta conversando com três pessoas, aparentemente um tanto quanto suspeitos, que estavam dentro da cabine de uma caminhonete D-20, com placa de Londrina. Naquele exato momento, eles combinavam uma nova visita a fazenda do senhor Divino Fogoió, distante uns 30 quilômetros dali. Enquanto eles pensavam que se tratava de pessoas da região, o papo transcorreu-se normalmente. Mas, lamentavelmente, quando José Calixto se apresentou como jornalista, o clima ficou hostil, discussões ocorreram, em seguida, surgiram presença de mais equipes da imprensa, a qual deu início a uma bateria de questionamentos.


Sobre aquele dramático momento, abaixo, esta reproduzido os comentários do jornalista senhor José Calixto de Alencar para o jornal semanal Correio de Mato Grosso, ano – XVIII, n.º 360, julho de 1997:


“(...) Em seguida, já com a presença de mais colegas da imprensa, começamos uma bateria de questionamentos (...) duas pessoas que, notei, fez todo o empenho de não revelar nomes, nem aparecer diante da câmera ou ser fotografado. Só que um tal de Braguinha acabou se traindo, ao revelar que ele, o vaqueiro Gilberto e os dois estranhos estiveram uns 15 dias antes na fazenda do senhor Fogoió, ocasião em que teriam não só visto como até tocado no objeto. Diante da imprensa, eles preferiram negar tudo, dizendo que tudo não passava de boatos e comentários (...) Só que, como ele disse tudo isso, com lágrima nos olhos e com um nó na garganta, preferimos ficar com a sua primeira versão. Claramente, ele estava sendo pressionado para não falar mais nada sobre o assunto. Por quem não sabemos ao certo. A única coisa que ficou muito claro também é que todos da região tem medo de se expor”.


Entusiasmo crescia quanto mais informações esquentavam, pois segundo depoimento de uma pessoa conhecida como Manito, revelou que seu cunhado Heleno sabia o local exato da queda do objeto: “Ele sabe onde esta aquele negócio esquisito, pois ficou uns 200 metros dele. Só não chegou mais perto por causa da catinga forte. Heleno disse que era redondo, do tamanho de uma caminhonete e de cor prateada”.


Manito informou ainda que seu cunhado encontrou o objeto com a metade de sua fuselagem enterrada no solo. Mas quando procurado pela AMPUP, Heleno negou a dar informações.


Com o decorrer do tempo as críticas da imprensa desabaram sobre o senhor Divino Fogoió, chegando a rotular como “um tremendo mentiroso”.


O tempo foi passando e o acobertamento foi se amenizando, porém, misteriosamente, quando a “poeira foi baixando”, surgiram posteriormente, presenças, no mínimo, um tanto quanto curiosas, como, por exemplo, presença de americanos da NASA sob a justificativa de acompanhar o trabalho de combate ao fogo na região de Chapada dos Guimarães, o que em parte, podia ser compreensivo, pois realmente, em julho daquele ano, o fogo havia consumido grandes hectares.


Vinte dias depois, também marcaram presença, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPI) acompanhados de equipamentos e um avião, com o objetivo de averiguar o ocorrido.


Quase cinco anos após o ocorrido, a revista do mercoeste RDM (Ano II, n.º 20, 2001), trouxe a tona surpreendentes descobertas naquilo que ficou conhecido como o “Mistério de Nova Brasilândia”. A revista retrata um intrigante depoimento de Divino Fogoió a qual relatou que em novembro daquele ano, quando já não havia jornalistas rondando, um helicóptero e um avião, ambos em baixa altitude e com procedimentos bastante misteriosos, vasculharam toda sua propriedade (hoje com 10 mil hectares, seis mil na época) em busca da “pedra”.


Reproduzindo um trecho desta aventureira revista, a mesma retrata o depoimento de Dona Maria, esposa de Divino Ivo da Rocha, nome original do famoso Divino Fogoió, em que comenta: “Vocês sabem que, depois que a poeira abaixou, vieram aqui uns agentes do governo? Não? Pois muita gente fala que eles vieram buscar a pedra. Desceram de avião direto na fazenda vizinha da nossa...” Segundo ela, eram quatro homens, vestidos com roupas parecidas com a dos astronautas. Eles vieram direto de Brasília, equipados com detectores de metal e, com a ajuda de funcionários da fazenda, abriram uma picada certeira em direção ao local da queda.


Bem! Em relação as críticas a Fogoió, ou melhor, Divino Ivo da Rocha, dona Maria retrata que a fama de mentiroso recaiu sobre seu marido porque ele foi um dos poucos moradores que manteve a palavra “Quando a história estava quente, todo mundo tinha visto, cheirado e tocado. Depois que ninguém achou nada, ficou só o Divino falando sozinho. Mas me diz uma coisa: que motivos ele teria para mentir?”.


O tempo passou, a poeira baixou, mas as incógnitas ainda continua. Ficou como sempre fica, a dúvida. Indagações que a revista RDM tentou sanar de uma vez por todas, numa viagem que trouxe novas sombras e uma estranha surpresa.


Autor:
Ataide Ferreira da Silva Neto, psicólogo, estudioso em parapsicologia, presidente da Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas (AMPUP), consultor da Revista UFO.






quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mulher descobre que tem agulhas no corpo


 
Da Redação – A Gazeta
Cuiabá, Terça feira, 12 de julho de 1994.

Patrícia Fernanda Marcondes, uma dona de casa, 20 anos, casada, mãe de uma filha de um ano e seis meses, trabalha como doméstica em Juscimeira – 146 quilômetros de Cuiabá – e é portadora de um estranho fenômeno. Agulhas começaram a aparecer dentro de seu corpo, mais precisamente no braço esquerdo. No último Sábado ela foi operada.
      No dia três de junho – segundo o seu relato – ela estava trabalhando, fazendo a faxina, quando começou a sentir uma dor forte no braço. A dor era tanta que deixou todo o braço imobilizado. Em seguida um pedaço de uma agulha de máquina de costura saiu da carne, causando um pequeno tumor. O médico que extraiu o estranho objeto do corpo de Patrícia Fernanda pediu uma radiografia. Lá estavam uma agulha de mão e outro pedaço da agulha de máquina de costura.
      Patrícia Fernanda diz que não acredita em magia negra. “Dizem que á magia, ma não acredito”. Ela não acredita, mas não tem explicação para o aparecimento das agulhas. Antes da intervenção cirúrgica, realizada pelo médico Wilson Benedito Pereira – não localizado por nossa reportagem – foram feitas novas radiografias. Em vez de uma agulha e meia, agora eram três agulhas e meia no antebraço e uma agulha no braço.
      A cirurgia foi um sucesso, mas daqui a três dias ela vai voltar a operar novamente para tirar o restante das agulhas que ainda se encontram no seu braço. O problema agora é arrumar dinheiro para comprar os remédios para dor e contra infecção.

Fonte: Jornal “A Gazeta”- 12 de julho de 1994.

Fenômenos Parafísicos:

Por Ataide Ferreira da Silva Neto

Os fenômenos psicofísicos ou parafísicos são aqueles que consistem na ação psíquica sobre a matéria, determinando a produção de fenômenos polêmicos dificilmente explicáveis pelas leis físicas tradicionais, mas, no entanto, reais.

Aporte (do francês apport)

Este fenômeno é um dos mais intrigantes dentro do repertório parapsicológico, onde algum determinado objeto supostamente desaparece subitamente, é transportado, de um lugar, de longa ou pequena distância (não mais do que 50 metros, segundo alguns pesquisadores), e simultaneamente aparece em outro local, para recintos fechados ou não.

Muitos pesquisadores da parapsicologia argumentam que para a consecução do Aporte o objeto transportado passa por três fases de: desagregação e agregação da matéria – afora o fato mecânico do transporte no espaço: solidez material, fluidicidade imaterial e retorno a fase anterior de solidez, dando a impressão de que o(s) objeto(s) se transporta(m) pela desintegração de seus átomos a partir de um local e, após, imediata recomposição do(s) mesmo(s) em outro lugar, atravessando, assim, paredes, tecidos e outros obstáculos...

Em outras palavras, seria o desaparecimento e reaparecimento de objetos de um específico lugar para um outro aleatório local.

O fenômeno de Aporte, também conhecido pelo nome de Metafanismo, é mais comum em objetos de pequeno porte, que vai desde agulhas, pregos, chaves, vegetais, pequena quantidade de sangue da própria pessoa, etc. Até mesmo pratos, sapatos, panelas, etc... Não raro, os objetos metafanizados apresentam-se aquecidos.

Quando acontece o fenômeno de Aporte para dentro do corpo humano, geralmente ocorrem com agulhas, pregos, clip’s e objetos congêneres, não mais do que isso.


Com agulhas no corpo:

Há, também, os fenômenos psicobiológicos, cujo qual, em alguns casos, o poder da mente em descartar a dor é surpreendente. Um místico indiano pode ser espetado com agulhas por todo o corpo sem sangrar, pois, através de treinamento aprendeu a desconsiderar a dor, por intermédio de estados de auto-sugestão psicológica.

Este fenômeno é diferente do apresentado acima, pois que envolve um fenômeno apenas puramente psicobiológico, ou seja, o controle psíquico sobre o próprio organismo.

A minha pessoa (autor desta matéria), mediante sugestões e técnicas psíquicas, obtém-se experimentalmente tais demonstrações de perfurações no corpo, onde em demonstrações práticas, perante as inúmeras palestras pelo Brasil, tenho mostrado a capacidade psíquica (psicológico) de atravessar agulhas no corpo sem problemas nenhum, num suporte teórico e prático consistente








Ataide Ferreira, utilizando-se de auto-sugestão, introduz em seu braço uma agulha, de um lado a outro, sem que venha a sair uma gota de sangue e nem mesmo sentir a mínima presença da dor. Em outras demonstrações Ataide Ferreira atravessa uma agulha no pescoço de uma garota, sem a mesma sentir dor e nem sair sangue.

‘Criatura’ assustou família na Passagem da Conceição




Diário de Cuiabá, 17 de novembro de 1996.

Da redação – Diário de Cuiabá

A comunidade da Passagem da Conceição, a 4 km da Rodovia dos Imigrantes, viveu um estranho episódio, há cerca de três anos, que ainda hoje guarda seu mistério. Em duas noites, os moradores de quatro casas foram acordados por uma criatura que urrava e socava portas, janelas e levava terror para animais de criação.

A dona-de-casa Edite da Silva Fortes, de 72 anos, a dona “Sinharinha”, não garante que era um lobisomem porque não viu, mas dificilmente vai esquecer o que ocorreu. Ela dormia na casa – uma antiga parada de cavaleiros, que compravam mantimentos antes de atravessar o Rio Cuiabá – com um sobrinho e outros três parentes, quando foi acordada pelo latido frenético dos cachorros da comunidade. Eram mais de 10, cercando a “coisa”, que passou a arremeter contra a porta.

“Parecia um tronco de árvore batendo, de tão forte. Tremia até os umbrais da porta (de madeira grossa)”, lembra dona Sinharinha. Seu sobrinho não conseguiu abrir a janela, para ver do que tratava, porque ela estava atravancada com caixas de cerveja. Os murros na porta e os latidos de cães demoraram pelo menos 10 minutos, segundo Sinharinha, até que o animal pulou para o quintal da casa, de onde as vacas saíram e disparada.

No outro dia, Sinharinha encontrou poças de sangue e sinais de arranhões perto da porta – não sabe se dos cachorros, ou do próprio ‘animal’. A criatura atacou outras casas na comunidade, sempre esmurrando as portas e seguida pelos cachorros. “Ninguém entendia porque ela não fugia para o mato, em vez de tentar entrar nas casas”, lembra. Depois disso, nunca mais a comunidade teve outro sobressalto.

Sinharinha também presenciou outra ocorrência inexplicada na Passagem da Conceição. Há mais de 60 anos, ainda garota, ela se recorda de uma “chuva” de pedras em uma casa vizinha. “A gente via as pedras caindo mas não sabia da onde”, relembra. A família mudou-se do local e nunca mais o fenômeno voltou a ocorrer. 

Lobisomem em Cuiabá: Uma significação psicológica, histórica e sociológica.


Por: Ataide Ferreira da Silva Neto

A própria tradição histórica popular tem se ocupado em perpetuar as perniciosas e estranhas ocorrências emergidas em algumas localidades dos bairros cuiabanos, assim como, no interior mato-grossense.

Quando a lua cheia brilha no céu cuiabano, sinistros relatos vem acompanhando estas receosas épocas noturnas e, segundo os relatos, estranhas coisas passam a acontecer com as pessoas, pelos crescem, dentes alongam-se, psicológicos violentos e irracionais surgem repentinamente. 

Os relatos sobre o lendário lobisomem – de formas variadas – atravessam os tempos, os continentes, as culturas, impregnam na população, desavisada da lógica, a crença e o medo.

Seja pelos tradicionais relatos passados ao longo da história, dos pais aos filhos, seja pela mídia televisiva e escrita, pode firma-se que, as histórias de lobisomem, tem despertado arrepios nos mais supersticiosos. Os receios a esta lenda, vem percorrendo milênios, por intermédio de um mito generalizado entre diversas culturas e civilizações, favorecendo a permanência desta superstição.

A esta transformação bestial humana, no suposto poder de converter-se em lobo, uivar para a lua e rondar pelas noites em floresta, caatinga e no meio do mato, caçando e matando, foi denominado de Licantropia.

Foi através de Ovídio, autor romano, que o termo Licantropia foi designado, pois, de acordo com a história, este autor descreve, no ano um depois de Cristo, o mito do rei Likaon, onde conta que tal rei, de modo ousado, teria desrespeitado o deus Júpiter ao lhe oferecer carne humana escondida num banquete. No entanto, Júpiter havia percebido a trama e ficou extremamente irritado e, como conseqüência, acabou por jogar uma maldição sobre Likaon transformando-o maldosamente em um lobo. Por intermédio deste mito, apropriou-se, dessa forma, a denominação Licantropia.

Em psiquiatria, a licantropia refere-se a uma enfermidade mental com uma estranha tendência canibal, onde o doente comporta-se imaginariamente como um animal selvagem, semelhante ao cão ou ao lobo. Em casos mais graves, alguns desses pacientes supracitados comem apenas carne crua e negam-se a comer qualquer outro tipo de alimento.

A licantropia foi severamente descrita, esplendidamente, na antiguidade, onde durante vários séculos da idade clássica, inúmeros relatos documentados preocuparam a crença popular, sobre a suposta capacidade de transformação humana e a mágica capacidade de transformar outrem em animais.

No século IX, por exemplo, houve uma acalorada discussão entre o Pedro Damião e o Papa Leão IX acerca de um jovem que argumentava categoricamente a afirmação de ter sido transformado em asno por duas mulheres. Sem qualquer apresentação de provas, o jovem acusava inescrupulosamente duas idosas senhoras, por sua permanência, durante muito tempo, na forma de asno, que, segundo ele, apesar da metamorfose, conservou a inteligência humana e viveu assim como animal, por muitos anos, até que um dia retornou a sua forma primitiva. O Papa acreditou na história e ordenou que as bruxas fossem castigadas. (Relato encontrado no livro de: Oliveira, Martins – “Magia do Fogo”, Ed. Livraria Progredior, Porto, 1958, vol.1, 2º edição, pág. – 61).

Na Europa antiga, antes mesmo da ditadura cristã, a população era pagã, e viviam conforme seus costumes pagãos, onde apresentavam certa admiração pelos fenômenos da natureza, viam divindades nas matas, florestas e animais. Nas crenças dos rituais pagãos, a presença de um lobo representava os espíritos das florestas e o símbolo da liberdade.

Com a gradativa chegada do cristianismo, tais rituais pagãos de caráter pacifista foram distorcidos e o lobo passou a ser um dos vários demônios do inferno, assim o lobo passou a ser o próprio diabo. Algumas vezes o lobo era “embruxado” pelo demo.

Nessa visão medieval do catolicismo europeu, o lobo passou a ser o mal transformado, e assim tornou-se rotineiro acreditar que um bruxo poderia se transformar em animal, vagando pelos campos sob aquela arrepiante forma para causar malefícios aos cristãos.

Essas crendices foram motivos para muitas mortes. A credulidade na licantropia tornaram-se verdadeiras epidemias na Idade Média, onde imaginavam-se a existência de milhares de pessoas encobertas de pêlos, com garras e dentes afiados, comedores de crianças. Com a chegada da Inquisição na Europa, muitos homens e mulheres foram queimados vivos pela acusação da capacidade de transformar-se em bestas feras.

Para contribuir, naquela época antiga, a Europa possuía um número incrível de alcatéias. Por vezes, principalmente nas épocas de invernos rigorosos, os povoados e vilarejos europeus eram literalmente invadidos por famintos lobos que, pela escassez de alimento, optavam em satisfazer por alguma “apetitosa” criança descuidada, ou mesmo, qualquer homem adulto, que se arriscasse, tornava-se alvo de banquete aos esfomeados lobos. Tais fatos, conseqüentemente estimulavam os medos, as imaginações, as lendas e superstições épicas.

Muitos dos antigos autores franceses expressaram vastas argumentações sobre os aterrorizantes lobisomens devoradores de crianças. Segundo consta, alguns “licantropos” foram por muitas vezes deparados vagando em campos e matas, imitando o uivo de lobos, imundos, sujos de sangue.

Quando se suspeitava que um lobisomem perambulava pelos campos e arredores de algum vilarejo, logo a população era cogitada para a caçada ao monstro.

Pode-se firmar que, muitas das errôneas interpretações dadas como lobisomem, eram apenas pessoas tidas como loucas que percorriam os campos e as noites. Nada mais do que homens insanos, mal trapilhos, doentes mentais, pessoas relegadas por um povoado e\ou por um vilarejo, que, sem ter o que comer, atacavam as galinhas, bezerros, reviravam lixos, entre outros motivos congêneres impulsionados pela fome e pela debilidade de sua situação psicológica. Tais infelizes, por viverem abandonados, apresentavam aparência sinistra e medonha, pois se mostravam barbudas, cobertos de sujeira, sangue e detritos.

Outro notório fator à cooperar na formação da lenda dos lobisomens, está correlacionado com o sonambulismo, onde, pessoas normais, dormindo, levantam-se, passeiam e agem como se estivessem acordadas. Nas madrugadas de lua cheia, deparar-se estranhamente com algum indivíduo andando sem rumo, tornava-se motivo para suspeitas, pois a probabilidade do leigo desconsiderar qualquer compreensão sobre o sonambulismo é compreensivo, o que pôde auxiliar em estimular importantes inspirações para a perpetuação da lenda.

Há também as deformações físicas, assim como, doenças genéticas e\ou de natureza endócrinas, entre outras inúmeras imperfeições, cujo qual, atualmente é cientificamente explicado, mas que, no entanto, numa época remota, estimulavam o espanto, o medo e a superstição.

Algumas manifestações de certas doenças subsidiaram amparo na origem dos lobisomens, como a doença conhecida como Hipertricose, responsável pela causa do crescimento exagerado dos pêlos em pessoas, seja no rosto ou no corpo, conferindo-lhe uma aparência animalesca.



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A hipertricose, por causar curiosidade devido a visível gritante alteração na aparência das pessoas, despertou a atenção de alguns artistas que perceberam, em tais doenças, excelentes motivos para suas pinturas, e assim, foram perenizadas em telas a óleo. Registrando possivelmente casos rotineiramente confundidos como homens lobo, ou, dependendo do ponto de vista, uma besta fera.

Nem todos os casos de hipertricose foram tidos como uma ameaça demoníaca e o mal encarnado, como é o caso que acometeu Pedro Gonzáles, nascido com a doença em 1556, nas Ilhas Canárias – Tenerife – e que foi dado de presente á corte de Henrique II, como se fosse uma espécie de “bichinho de pelúcia”. Com o tempo, Gonzáles despertou a admiração de Henrique II devido a sua expressiva capacidade intelectual, desta forma, Henrique fez de Gonzáles um de seus mais importantes embaixadores. Caso Gonzáles tenha sido motivo a ser conceituado como um mal encarnado ou besta fera, este foi de menos mal; perante comparações às atrocidades da ignorância humana daquela época.

Pedro Gonzáles se casou e teve três filhos, sendo um menino e duas meninas, e todos apresentaram a mesma doença. A obra de arte pintada no quadro à óleo sobre tela do senhor Gonzáles encontra-se registrada no país da Áustria, no castelo de Ambras, em Innsbruck.

Outro famoso caso de hipertricose, registrado no final do século 19, foi a do russo Adrian Chertichev, alcunhado pelos parisienses de 'Cão do Cáucaso', devido a grande quantidade de pêlos que lhe cobriam o rosto.

A história está repleta de lendas e realidades que se confundem estreitamente, basta apenas trazermos a tona alguns curiosos fatos, como a fundação de Roma, ligado à lenda de seus fundadores Rômulo e Remo que foram criados e amamentados por uma loba, o que pode ser colocado em correlação com outras reais histórias registradas sobre pessoas criadas por animais, tidas como crianças selvagens.

É fato que em vários lugares do mundo, crianças selvagens, criadas por animais, foram encontradas; muito das quais, recolhidas e colocadas a reaprender condições humanas. Crianças possivelmente abandonadas e extraviadas na selva, que deveriam ser filhos de agricultores em zonas de pouca população, diante descuido ou alguma calamidade com seus pais, ficaram entregues à própria “sorte”, socorridas por animais, que para sobreviver no meio em que se encontravam, aprenderam a se adaptar.

Torna-se importante ressaltar que notórias características surpreendentes foram observadas em crianças selvagens. Força descomunal nas mandíbulas, grande sensibilidade olfativa, indiferença seja para o frio ou para o calor, não apresentavam porte ereto e nem a capacidade de sorrir, defendiam-se com mordidas, apresentavam caninos desenvolvidos, alimentavam-se diretamente com a boca, mostravam-se hábitos noturnos, entre outros aspectos curiosos.

É o caso de Berci Kutravics, um garoto húngaro encontrado com 4 anos de idade criado pelos cães de sua casa. Dormia rotineiramente no chão, receosamente cheirava o alimento antes mesmo de levar diretamente a boca na comida, e andava curvado.

Nos anos 40, na Arábia, foi descoberto e acolhido um menino que vivia com um grupo de gazelas, onde aprendera a correr tão rápido quanto seus pais adotivos.

“Em junho de 1973, um menino de 12 anos foi encontrado vivendo com um grupo de macacos no Sri Lanka. Ele grunhia, uivava, andava de quatro e se sentava como um primata.” (Revista Fator X, Editora Planeta, Fascículo 02, artigo: ‘Inacreditável... Porém verdadeiro!’, pág. 40).

Em 1920, na cidade de Midnapore, foi encontrado em uma gruta duas crianças, uma com a idade aproximada de um ano e meio e outro mais velho com a idade de 8 anos. Após recolhidos e colocados em condições humanas, o mais novo morreu após um ano e o mais velho sobreviveu dois anos. Nesse percurso de tempo, o mais novo aprendera apenas a ficar ereto e o mais velho aprendeu a média de 50 palavras, antes de sua morte. Alguns pesquisadores argumentam que o que falhou foi à ausência da tutela humana, principalmente afetiva, uma presença emocional materna humana, pois na falta da tutela emocional a deficiência se fará sentir imediatamente. (Milechnin, Anatol – “La Hipnosis”, Buenos Aires, Hachette, 1961, pág. 77s.)

Se, por um acaso, uma dessas crianças supracitadas tivessem sido vistas por agricultores, caçadores ou deparados por alguns supersticiosos, sem dúvidas, ajudaria em muito na idéia do lobisomem. Pode-se ratificar, portanto, de que muitas das lendas se originaram por intermédio destas ocorrências, propagando medo, crendices e superstições.

Esse texto faz refletir aquilo que talvez seja a origem de muitos lobisomens, tanto no percurso da história antiga quanto na Idade Média ou até mesmo para com a atualidade, numa realidade de explicações totalmente humana, numa significação psicológica, histórica e sociológica.


Ataide Ferreira da Silva Neto: é Psicólogo, estudioso em Parapsicologia, presidente da Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas, Consultor da Revista UFO.


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

UFO filmado em Chapada dos Guimarães – MT

Os acontecimentos ufológicos mato-grossense têm despertado especial atenção da população nas últimas semanas, inúmeros testemunhos têm surgido nos últimos dias, principalmente na enigmática cidade de Chapada dos Guimarães (há 65 km da capital – Cuiabá – MT).

Muitos relatos têm chegado às correspondências de e-mail da Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas (AMPUP), retratando depoimento de UFOs nos céus da cidade de Chapada dos Guimarães – MT. Não é novidade que acontecimentos de ÓVNIS são rotina nos vilarejos da região, porém isso tem aumentado e ratificado pelos testemunhos de algumas dezenas de pessoas.

A AMPUP está em alerta e preparando equipe para pesquisar a região, especialmente nas localidades de maior índice de relatos, na expectativa de registrar alguma ocorrência.

Além das impressionantes belezas e os enigmáticos mistérios que a região oferece; a cidade também cativa à curiosidade do turismo ufológico, onde alguns têm a sorte de registrar algumas filmagens de tirar o fôlego sobre estranhos objetos voadores não identificados.

No início do mês de outubro de 2009 foi noticiado na mídia mais uma filmagem de OVNIS dentre tantas já registradas na região, que pode ser conferida no video
abaixo:


A mesma filmagem e o testemunho em depoimento também pode ser conferidas no link:

http://rmtonline.globo.com/noticias.asp?n=467213&p=2&Tipo=

A AMPUP está à disposição para obter maiores informações, assim como, auxiliar no esclarecimento de dúvidas sobre a ufologia mato-grossense.

E-mail para contato: ataide_ferreira@yahoo.com.br


Texto:
Ataide Ferreira, presidente da AMPUP, consultor da Revisa UFO.



terça-feira, 27 de outubro de 2009

Em 2008, Mato Grosso perdeu um grande admirador e colaborador da Ufologia: Valdon Varjão, autor do polêmico projeto denominado “DISCOPORTO” – “aeroporto para disco-voador”.

Por: Ataíde Ferreira da Silva Neto


A Ufologia perdeu recentemente um dos primeiros protagonista em estimular a população mundial ao interesse pelo Turismo Ufológico, especificamente para com o Brasil, na exuberante cidade de Barra do Garças – MT (516 km de Cuiabá).


Faleceu, às 14 horas do dia 3 de fevereiro, no Hospital Santa Rosa de Cuiabá, aos 84 anos, o ex-prefeito Valdon Varjão. Desta forma, o estado de Mato Grosso perdeu um ilustre homem, com uma grade curricular admirável: empresário, historiador e ex-prefeito de Barra do Garças (por duas vezes), escreveu 28 livros retratando a história de Barra do Garças e do Vale do Araguaia.


Valdon Varjão ganhou notoriedade pela elaboração do polêmico projeto “Discoporto”, idéia aceita pelo congresso, justamente levando em conta o afamado acervo de relatos sobre o tema na região, porém o intuito era divulgar a cidade e atrair turistas, nada para além disso.


A dedicação de Valdo Varjão sempre foi a política e, especialmente, o povo barra-garcense e suas histórias. Além de inúmeras bem feitorias realizadas pelo ex-prefeito em prol a cidade, Varjão não deixava de sinalizar o seu interesse pela Ufologia, adquirindo e colecionando um grande arquivo de fotos e histórias ufológicas, tanto relatadas, pela região.


Motivo que o encorajou a arriscar o inusitado projeto de “aeroporto para disco voador”, uma idéia de impacto e polêmica, justamente visando afamar a “misteriosa” cidade de Barra do Garças, que retém um grande rosário de estranhas histórias, lendas, mitos, em especial, a Ufologia.


A rotina dos relatos Ufológicos pela região foi o alicerce para a aprovação do projeto, assim, Barra do Garças ficou internacionalmente conhecida pela original idéia de abrigar um aeroporto para disco voadores, que tempos depois seria imitado por outros prefeitos e, até mesmo, por outros países.


Embora ressentido com as gozações que enfrentou, razão pela qual passou a ser mais cauteloso em relação ao polêmico projeto; Varjão alcançou seu objetivo. “A idéia não era exatamente atrair disco voadores para Barra do Garças, mas sim turistas, e assim usar o potencial que a cidade tem nessa área”, ressaltou o ex-prefeito, num de seus desabafos.


O polêmico projeto foi destinado ao Parque Estadual da Serra Azul, uma protegida reserva ambiental quase que ao lado da Serra do Roncador, nas proximidades da cidade, local repleto de inúmeras trilhas, 14 cachoeiras, diversos sítios arqueológicos e palenteológicos e um mirante com a estátua do Cristo Redentor, num ponto privilegiado de onde é possível apreciar as três cidades vizinhas – Barra, Aragarças e Pontal do Araguaia.


Nada foi desmatado para a implantação do “discoporto”, foram reservados uma área limpa de cinco hectares para o funcionamento de um atrativo turístico. “Eu queria colocar Barra na mídia, pois a cidade tinha pouca divulgação e exploração turística. Como esta região sempre teve histórias de UFOs e um misticismo muito forte, aproveitei a idéia”, explicou Varjão.


Valdon Varjão custeou do próprio bolso, a idéia de apresentar alguns painéis ilustrados e maquetes de discos voadores para que turistas tirassem fotos e levasse para casa lembranças sobre aquilo que ficou conhecido como o primeiro “aeroporto de disco voador” do mundo.


O local é muito visitado por turistas de todo o país, atraídos pelo fascínio que os casos ufológicos da região – esses sim reais – causam. Varjão já foi rotulado de “louco”, “lunático”, “visionário” e até coisas mais pesadas, mas graças a excentricidade de sua idéia o ex-prefeito acabou por colocar a cidade no mapa. Convidado a participar de inúmeros programas de tevê, chamou a atenção da imprensa de todo o país e do exterior ao mostrar a rica casuística que envolve toda a região.


Curiosamente e por coincidência, no dia de sua morte, a cidade de Barra do Garças estava a homenageá-lo com um carnaval diferente, intitulado “Carnaval das Galáxias”, com decorações de disco voador e enfeites que lembravam extraterrestres, em alusão ao discoporto, uma homenagem enfatizada pelo prefeito da época Zózimo Chaparral (PC do B), que teve Varjão como colega de trabalho quando vereador.


Logo a morte de Varjão, o prefeito Zózimo decretou luto oficial de três dias. Porém, por uma decisão da família, o carnaval de rua focado na porta da residência de Valdon Varjão continuou normalmente.


Todavia, foi na política que Varjão se mostrou mais respeitado, se tornando prefeito da cidade de Barra do Garças por duas vezes (1959 à 1963; 1973 à 1977), vereador, deputado estadual, senador da república e ocupou posição como membro da Academia Mato-grossense de Letras. Alcançou um marco ao ser considerado o primeiro homem negro a ter ocupado a posição de Senador na história da república brasileira. Poucos sabem, mas foi ele o autor responsável pelo projeto proibindo a venda de órgãos humanos no Brasil.


Varjão foi considerado um dos últimos personagens vivos dos primórdios histórico de Barra do Garças, “além de ser um personagem visionário que percebeu a tendência e perfil do município para o eco-turismo e turismo ufológico”, comenta Mônica Porto, do Conselho Municipal de Turismo e proprietária da agencia Aventur Turismo.


Entre as 28 obras publicadas por varjão, encontra-se: “Barra do Garças no passado” (Histórico); “Negro sim, Escravo Não”; “A integração racial”; “Filinto Muller: Um líder”; entre outros.

O triste velório ocorreu no auditório da prefeitura de Barra do Garças – MT; Antes do sepultamento - ocorrido às 17 horas do dia 04 de fevereiro - foi feito uma homenagem, em vídeo, montado por um dos artista de Valdo Varjão – o senhor Genito Santos – responsável pela arte e elaboração das maquetes de disco voador na área destinada (5 hectares) ao “discoporto”.


Genito apresentou um fantástico trabalho de entrevista e registros históricos de um dos mais ilustres homens que Mato Grosso já teve - Valdon Varjão. Uma apreciável amostra em homenagem que emocionou muita gente, a apresentação se deu em um telão acima do caixão de Valdo, no auditório da prefeitura (local que inclusive foi palco do maior encontro de Ufologia e Parapsicologia que Mato Grosso já teve – junho de 2004), um vídeo com tempo de 5 minutos falando sobre a vida dele, a sua história, com um espaço considerável à ufologia na argumentação do Valdo Varjão, incluindo comentários sobre o projeto “Discoporto”. Nesse pequeno documentário, as palavras de Varjão - registrados quando vida - fizeram muita gente chorar, palavras que marcaram e emocionou a todos da platéia.


Os membros da AMPUP e os interessados ao tema Ufologia em geral agradecem o apoio (direto e indireto) que Valdon Varjão prestou a ufologia brasileira. Prestamos nossa homenagem em nosso “blog”, assim como, a toda população barra-garcense.

  
“uma grande perda, pois foi ele o pioneiro em elaborar um projeto Ufo-turístico, trazendo muitos interessados ao tema para com a região de Barra do Garças. Atualmente Barra do Garças recebe anualmente muitos turistas interessados em presenciar o que de fato essa região apresenta ao tema UFO e Valdo foi (direta e indiretamente) um dos maiores contribuidores para afamar curiosidade ao tema turismo Ufológico”.




Texto:
Ataíde Ferreira da Silva Neto, psicólogo, estudioso da parapsicologia, presidente da AMPUP, consultor da Revista UFO.

O Caso Nova Brasilândia

Por: Ataide Ferreira da S. Neto.


Disco-voador de Nova Brasilândia é um termo que expandiu pela designação popular local, que não surgiu resultado de um filme de ficção e nem de uma lenda ou mito, mas sim de um acontecimento do dia 1º de junho de 1997, um Domingo, um dia comum como qualquer outro para a população, isso, até determinado momento daquela exata e misteriosa noite...


Naquela noite da bucólica e pacata cidade de Nova Brasilândia, composta de 6 mil habitantes, há 260 quilômetros de Cuiabá, capital, algo aconteceu, cujo o qual transgrediu a rotina daquele povo.


O que se pode afirmar é unânime: um fato muito estranho ocorreu, no entanto, o que exatamente, não se sabe (!?)... Porém, ainda, até hoje, atiça a imaginação dos moradores.






Ocorreu numa noite de Domingo, muitos estavam sentados à porta de suas casas seguindo os costumes dos cidadões mato-grossenses, um costume não raro em cidades pequenas. Outros assistiam televisão, mas o ocorrido da exata 20h15min obrigou todos daquele dia a presenciarem algo espantoso e inusitado.


O fenômeno ocorrido foi (e ainda é) descrito pelos moradores de forma única; uma bola de fogo que veio do espaço, cruzou os céus da cidade, iluminando a região, segundos após, surgiu um clarão, cuja a iluminação era tanta que aparentou dia e que teve uma duração de mais ou menos um minuto, logo após um enorme estrondo foi ouvido a uma distância de mais de 50 quilômetros.


Em conseqüência de uma cidade distante e uma estrada de dificílimo percurso, a notícia na capital não teve repercussão imediata, sendo assim, as informações chegaram na cidade de Cuiabá com certo atraso. No entanto, assim que a notícia rebateu na capital, imediatamente a Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas (AMPUP) foi contatada.


Sem mais, mediante notícia, foi acionado pela AMPUP a assembléia geral, onde houve comunicação imediata a todos os membros ufólogos sobre o ocorrido, a reunião geral ocorreu por volta das 21 horas na residência do vice-presidente da AMPUP, senhor Marcy Monteiro Neto. Posteriormente, na madrugada daquela noite, iniciou-se o nosso destino: Nova Brasilândia.


Incrivelmente a cidade a partir daquele dia passou a adquirir pelos noticiários uma repentina fama e nossa equipe já estava a postos na coleta de dados.


Dez dias após a queda, a imprensa invadiu em peso a cidade, antes disso, a AMPUP já se encontrava na cidade, perante um batalhão de informações, muitas das quais, bastante impressionantes.


Conforme depoimento, na época, do prefeito de Nova Brasilândia, Sérgio Benetti, os comentários eram evidentes na cidade: “muitas pessoas dizem ter realmente visto um clarão no céu, há uns 10 dias, por volta das 20 horas. Depois disto, houve uma pequena explosão chegando a fazer um buraco no chão e queimando cerca de 2 alqueires de terra. Comenta-se que o  objeto caiu próximo a localidade de Teresópolis, na fazenda de Divino Fogoió, que fica a margem do rio Manso”.  


O fato é que mediante procura, seja pela equipe de reportagens, seja pelos membros da AMPUP, via terra, via ar, nada em absoluto foi encontrado em relação aos dois alqueires queimados, muito menos ao objeto. Entretanto, uma certeza se apresentava: o objeto caiu, mas onde a coisa caiu, esse era o mistério, e que não se limitou apenas em relatos.


Torna-se importante ressaltar que Nova Brasilândia fica nas proximidades entre Chapada dos Guimarães e Barra do Garças, sendo que estas localidades recebem centenas de místicos, esotéricos e estudiosos todos os anos em busca de UFOs e ETs, ocupando um importante destaque no advento da Ufologia com inúmeros relatos ufológicos, filmagens, histórias do misterioso desaparecimento do coronel Facwett, construção de um “discoporto” (aeroporto de disco voador – Barra do Garças), entre outros...


Segundo o jornal da capital - Folha do Estado do dia 09/07/97, o sargento Paulo Gomes, do Centro Integrado de Defesa e Controle do Tráfico Aéreo (Cindacta), que tem uma base em Chapada dos Guimarães, onde fica o centro geodésico da América do Sul1, comentou que as informações colhidas são repassadas para Brasília, onde é feito a leitura, mas ele não quis confirmar e nem desmentiu o ocorrido. Entretanto, o comandante do Cindacta em Mato Grosso, capitão Assis, logo pôs a declarar que o radar não captou nem um tipo de aeronave suspeito na data e local citados. Observou, porém, que não tinha conhecimento se o radar conseguia captar a presença ou a passagem de um meteorito.


Na época, para o Secretário de Administração de Brasilândia, Jamil da Silva Lima, em depoimento a um jornal do estado com relação a postura dos órgãos federais e estaduais sobre o assunto, demostrando quase que um descaso total, disse “...simplesmente alguma coisa esta sendo escondida a sete chaves”.


Para o Jornal do Brasil, o ocorrido foi comparado para versão brasileira ao “caso Roswell”, e em uma matéria do dia 09 de julho de 1997, descreve:


“O vaqueiro Gilberto Braga, que mora em Nova Brasilândia, foi o único a ter coragem de tocar o objeto ‘parece uma bola de ferro, maior de que um trator, que soltava um cheiro esquisito.’ Moradores da região estão preocupados com uma possível contaminação de rebanhos ou da população ribeirinha pelo OVNI, já que o local onde o objeto caiu fica as margens do rio Manso. ‘Era um objeto em forma de disco, com uma luz intensa’ contou Cláudio Picci, secretário municipal de indústria e comércio.”2 


Face ao acontecido, torna-se interessante retratar a cobertura de depoimentos de pessoas que juraram diante a imprensa ter presenciado aquele fantástico fato;


ü     Jornal A GAZETA, Cuiabá, Quarta-feira, 09/07/97:


“(...) Morador de Nova Brasilândia há 25 anos, o frentista Miguel Darli Gonçalves conta que estava sentado na rua, em frente a sua casa, quando viu o clarão e ouviu o barulho. Muita gente presenciou a cena e, conforme Gonçalves, algumas pessoas chegaram a cair no chão devido ao tremor da terra.
O vaqueiro Gilberto Braga de 26 anos, que trabalha na fazenda Bela Vista, vai mais longe. Conta com detalhes que não só viu, mas tocou no objeto, há cerca de 10 dias. Segundo ele, o objeto tem a forma de uma bacia caseira, o tamanho de uma casa pequena, é preto, composto de ferro ou rocha.
Ele garante que o objeto esta lá, fincado no morro, exala um cheiro ruim e provocou a queimada de uma área de aproximadamente 100 metros quadrado ao redor de onde caiu. ‘Eu acho que é disco voador’, avalia.
Leandro Paula da Silva, de 15 anos, explica que viu o Ovni antes dele tocar no chão e que tinha luzes coloridas, azuis e verdes. Vaqueiro da Fazenda Campo Verde, ele acredita que tenha visto um disco voador, mas alega que não foi verificar ainda por falta de tempo.
(...)Na Fazenda de Divino Fogoió não foi diferente. Ele e o filho também viram o fenômeno de luzes coloridas e marcaram o dia. (...) Fogoió não sabe precisar onde o objeto poderia ter caído.


Partindo da premissa de que perante inúmeras coletas de dados obtidos pelos membros da AMPUP, e levando em conta um batalhão de reportares, curiosos, entre outros... Passamos a acreditar que o objeto, mais cedo ou mais tarde, seria facilmente encontrado, no entanto, quanta ingenuidade!!!


Misteriosamente as coisas começaram a mudar, pois até antes o que foi registrado pela imprensa, alguns dias após, a decepção: ninguém fala, ninguém sabe e ninguém quer se envolver.


Lembro que o intuito de muitos era a fazenda de um tal Divino Fogoió, as margens do rio Manso, onde todos afirmavam que o objeto teria caído, mas na época Fogoió impediu a entrada de pesquisadores em sua fazenda, a mesma coisa fez com a imprensa: “Só permitirei a entrada em minha propriedade de pessoas autorizadas pelo Governo Federal”.


Depois de exaustivas buscas desloquei-me até a fazenda Ferrão de Ouro, onde acabei por fazer amizade com o jornalista José Calixto de Alencar que também havia chegado na região para acobertamento sobre o caso. Após trocarmos algumas informações, decidimos trabalhar em conjunto, seguindo a nossa intenção de tentar convencer o vaqueiro Gilberto Braga, ir com a gente até o local da suposta queda do objeto ou, pelo menos, dar uma indicação correta sobre a sua localização exata.


Segundo informações do ex-deputado estadual Isaias Rezende, o vaqueiro estava muito assustado e cada vez que alguém chegava a sua casa, ele se escondia ou mandava a sua esposa atender e não arriscava sair de casa. Rezende nos alertou que o vaqueiro não estava mais disposto a falar sobre o assunto, porque até ele que é seu conhecido não mais conseguira isso.


Diante o exposto, planejamos estratégia de alguém ir na frente, na garupa de uma motocicleta acompanhado por alguém conhecido do vaqueiro para facilitar assim um contato.


De início, tivemos sorte. Ele estava na porta conversando com três pessoas, aparentemente um tanto quanto suspeitos, que estavam dentro da cabine de uma caminhonete D-20, com placa de Londrina. Naquele exato momento, eles combinavam uma nova visita a fazenda do senhor Divino Fogoió, distante uns 30 quilômetros dali. Enquanto eles pensavam que se tratava de pessoas da região, o papo transcorreu-se normalmente. Mas, lamentavelmente, quando José Calixto se apresentou como jornalista, o clima ficou hostil, discussões ocorreram, em seguida, surgiram presença de mais equipes da imprensa, a qual deu início a uma bateria de questionamentos.


Sobre aquele dramático momento, abaixo, esta reproduzido os comentários do jornalista senhor José Calixto de Alencar para o jornal semanal Correio de Mato Grosso, ano – XVIII, n.º 360, julho de 1997:


“(...) Em seguida, já com a presença de mais colegas da imprensa, começamos uma bateria de questionamentos (...) duas pessoas que, notei, fez todo o empenho de não revelar nomes, nem aparecer diante da câmera ou ser fotografado. Só que um tal de Braguinha acabou se traindo, ao revelar que ele, o vaqueiro Gilberto e os dois estranhos estiveram uns 15 dias antes na fazenda do senhor Fogoió, ocasião em que teriam não só visto como até tocado no objeto. Diante da imprensa, eles preferiram negar tudo, dizendo que tudo não passava de boatos e comentários (...) Só que, como ele disse tudo isso, com lágrima nos olhos e com um nó na garganta, preferimos ficar com a sua primeira versão. Claramente, ele estava sendo pressionado para não falar mais nada sobre o assunto. Por quem não sabemos ao certo. A única coisa que ficou muito claro também é que todos da região tem medo de se expor”.


Entusiasmo crescia quanto mais informações esquentavam, pois segundo depoimento de uma pessoa conhecida como Manito, revelou que seu cunhado Heleno sabia o local exato da queda do objeto: “Ele sabe onde esta aquele negócio esquisito, pois ficou uns 200 metros dele. Só não chegou mais perto por causa da catinga forte. Heleno disse que era redondo, do tamanho de uma caminhonete e de cor prateada”.


Manito informou ainda que seu cunhado encontrou o objeto com a metade de sua fuselagem enterrada no solo. Mas quando procurado pela AMPUP, Heleno negou a dar informações.


Com o decorrer do tempo as críticas da imprensa desabaram sobre o senhor Divino Fogoió, chegando a rotular como “um tremendo mentiroso”.


O tempo foi passando e o acobertamento foi se amenizando, porém, misteriosamente, quando a “poeira foi baixando”, surgiram posteriormente, presenças, no mínimo, um tanto quanto curiosas, como, por exemplo, presença de americanos da NASA sob a justificativa de acompanhar o trabalho de combate ao fogo na região de Chapada dos Guimarães, o que em parte, podia ser compreensivo, pois realmente, em julho daquele ano, o fogo havia consumido grandes hectares.


Vinte dias depois, também marcaram presença, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPI) acompanhados de equipamentos e um avião, com o objetivo de averiguar o ocorrido.


Quase cinco anos após o ocorrido, a revista do mercoeste RDM (Ano II, n.º 20, 2001), trouxe a tona surpreendentes descobertas naquilo que ficou conhecido como o “Mistério de Nova Brasilândia”. A revista retrata um intrigante depoimento de Divino Fogoió a qual relatou que em novembro daquele ano, quando já não havia jornalistas rondando, um helicóptero e um avião, ambos em baixa altitude e com procedimentos bastante misteriosos, vasculharam toda sua propriedade (hoje com 10 mil hectares, seis mil na época) em busca da “pedra”.


Reproduzindo um trecho desta aventureira revista, a mesma retrata o depoimento de Dona Maria, esposa de Divino Ivo da Rocha, nome original do famoso Divino Fogoió, em que comenta: “Vocês sabem que, depois que a poeira abaixou, vieram aqui uns agentes do governo? Não? Pois muita gente fala que eles vieram buscar a pedra. Desceram de avião direto na fazenda vizinha da nossa...” Segundo ela, eram quatro homens, vestidos com roupas parecidas com a dos astronautas. Eles vieram direto de Brasília, equipados com detectores de metal e, com a ajuda de funcionários da fazenda, abriram uma picada certeira em direção ao local da queda.


Bem! Em relação as críticas a Fogoió, ou melhor, Divino Ivo da Rocha, dona Maria retrata que a fama de mentiroso recaiu sobre seu marido porque ele foi um dos poucos moradores que manteve a palavra “Quando a história estava quente, todo mundo tinha visto, cheirado e tocado. Depois que ninguém achou nada, ficou só o Divino falando sozinho. Mas me diz uma coisa: que motivos ele teria para mentir?”.


O tempo passou, a poeira baixou, mas as incógnitas ainda continua. Ficou como sempre fica, a dúvida. Indagações que a revista RDM tentou sanar de uma vez por todas, numa viagem que trouxe novas sombras e uma estranha surpresa.


Autor:
Ataide Ferreira da Silva Neto, psicólogo, estudioso em parapsicologia, presidente da Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas (AMPUP), consultor da Revista UFO.